segunda-feira, 20 de junho de 2011

GEOHISTÓRIA DE GOIÁS




1) ORIGENS
Goiás, estado brasileiro, fica no leste da região Centro-Oeste. O nome do estado origi-na-se da denominação da tribo indígena guaiás, que por corruptela se tornou Goiás. Vem do termo tupi gwa ya que quer dizer indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça.


 

 2) LOCALIZAÇÃO
* Goiás pertence compõe a REGIÃO CENTRO-OESTE junto com Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

* Goiás é o estado mais populoso da região Centro-Oeste.


 DIVISAS:
- Norte = Tocantins;

- Sudeste = Minas Gerais e Mato Grosso do Sul;

- Leste = Bahia e Minas Gerais;

- Oeste = Mato Grosso;

- Sudoeste = Mato Grosso do Sul




  
 3) COLONIZAÇÃO
Ao longo do século XVIII, graças à expan-são do bandeirismo e à catequese jesuítica, estabeleceu-se ampla linha de penetração:

- Uma oriunda do Norte que, pela via fluvial do Tocantins penetrou a porção setentrional (norte) de Goiás;

- Outra, paulista, advinda principalmente do Centro-Sul.


 

 4) POVOAMENTO DE GOIÁS
O século XVII representou etapa de investigação das possibilidades econômicas do interior do Brasil e conse-quentemente
das regiões goianas, durante a qual o seu território tornou-se conhecido.

No século XVIII, em função da expansão da marcha do ouro, foi ele devassado em todos os sentidos, estabele-cendo-se a sua efetiva ocu-pação através da mineração.


 Expedições que exploração Terras Goianas: XVI - XVIII

- ENTRADAS

Foram expedições organizadas e financiadas pela Coroa Portuguesa, ou seja, eram empresas estatais. Visavam a exploração do território dentro dos limites estabelecidos pelo Tratado de Tordesilhas.

 - BANDEIRAS

Empresas privadas constituídas com base no sistema de ações e que cada bandeirante tinha uma participação nos lucros de acordo com os seus investimentos.

- DESCIDAS

Expedições organizadas pelos jesuítas. Os jesuítas tinham criado na região Norte (Amazônia e Pará) um sistema bem estruturado de "aldeias" de aculturação indígena. Buscando índios para estas aldeias, os jesuítas organizaram diversas expedições fluviais, que subindo o Tocantins chegaram a Goiás.

  
5) OCUPAÇÃO MINERADORA
 Descobrimento de ouro em Goiás

 O descobridor de Goiás foi o Bartolomeu Bueno da Silva (Filho) (Anhanguera). Isto não significa que ele fosse o primeiro a chegar a Goiás, mas sim que ele foi o primeiro em vir a Goiás com intenção de se fixar aqui.

Bandeira do Anhanguera

- Saída de SP em 1722, com 500 homens, 39 cavalos, 152 armas e 2 religiosos.

- Em 1725, voltaram a São Paulo, propalando que tinham descoberto ouro na cabeceira do Rio Vermelho na atual região da Cidade de Goiás.
O achado do ouro promoveu a fixação do homem ao território goiano e o lançamento das bases da colonização portuguesa.

  
Quanto ouro produziu as minas de Goiás?

Não é possível dizê-lo com certeza, pois não se conservam registros das lavras nem de sua produção. Goiás foi o segundo produtor de ouro do Brasil, bastante inferior a Minas, aproximadamente 1/6 e um pouco superior a Mato Grosso. Nos dez primeiros anos, um escravo podia produzir até perto de 400 gramas de ouro por ano; nos 15 anos seguintes (1736-1750) já produzia menos de 300; a partir de 1750 não chegava a 200, e mais tarde, em plena decadência, a produção era semelhante à dos garimpeiros de hoje: pouco mais de 100 gramas.


 CRISE DA ECONOMIA MINERADORA

A partir da segunda metade do século XVIII, Portugal começou a entrar em fase de decadência progressiva, que coincidiu com o decréscimo da produtividade e do volume médio da produção das minas do Brasil. A partir de 1778, a produção bruta das minas de Goiás começou a declinar progressivamente, em conseqüência da escassez dos metais das minas conhecidas, da ausência de novas descobertas e do decréscimo progressivo do rendimento por escravo.

  
Características do Povoamento e da Sociedade Mineradora

- Povoamento Sazional

- Dinâmico

- Urbano

- Comercial

- Militarizada


 6) TRANSIÇÃO - SOCIEDADE MINERADORA À AGRO-PASTORIL
 - Decadência do ouro: a sociedade goiana - ruralização e regressão a uma economia de subsistência. Com a decadência, a população não só diminuiu como se dispersou pelos sertões

Goiás viveu um longo período de transição. Desaparecera uma economia mineradora de alto teor comercial. Nascia uma economia agrária, fechada, de subsistência, produzindo apenas algum excedente para aquisição de gêneros essenciais, como: sal, ferramentas, etc.

  
7) PECUÁRIA – TROPAS E BOIADAS – SÉC XIX
 Um novo tipo de povoamento se estabeleceu a partir do final do século XVIII, sobretudo no Sul da capitania, onde campos de pastagens naturais se trans-formaram em centros de criatório. Outro fato importante é a possibilidade de o Gado se autotransportar, devido a precariedade na infraestrutura de transportes.


  
Problemas do Povoamento oriundo da Pecuária:
- Não foi um povoamento uniforme: caracterizou-se pela má distribuição e pela heterogeneidade do seu crescimento.

- Enquanto algumas áreas permaneceram estacionárias, outras decaíram (os antigos centros mineradores)

- e outras ainda, localizadas principalmente na região Centro-Sul, surgiram e se desenvolveram, em decorrência sobretudo do surto migratório de paulistas, mineiros e nordestinos.

- Outro problema crucial do povoamento residiu na dificuldade de comunicação com as outras regiões brasileiras (LITORAL – PORTOS).

  
Características da Pecuária

    As características do tipo de pecuária exercido na época - basicamente extensiva

  - por outro lado, não propiciavam a criação de núcleos urbanos expressivos.

A PECUÁRIA provocou: ruralização, gerou grande dispersão e nomadismo da população. No início do século XIX, os núcleos urbanos eram pobres e em número reduzido, destacando-se apenas as povoações de Meia Ponte e Vila Boa de Goiás, esta funcionando como sede do governo.
A partir da última década do século XIX a aproximação, inicialmente e, posterior-mente, à chegada das ferrovias ao território goiano constituíram veículo de transformação econômica e de expansão do povoamento rumo a novas áreas, seja através da fundação, seja através da estabilização de numerosos povoa-dos e sítios de lavoura e criação de gado. Iniciou-se assim a terceira fase de ocupação territorial de Goiás.


8) CHEGADA DA FERROVIA
Em 1896 a Estrada de Ferro Mogiana chegou até Araguari (MG). Em 1909, os trilhos da Paulista atingiram Barretos (SP). Em 1913 Goiás foi ligado à Minas Gerais pela Estrada de Ferro Goiás e pela Rede Mineira de Viação.  
Inaugurava-se uma nova etapa na evolução do Estado.

  
O expressivo papel das ferrovias na intensificação do povoamento goiano ligou-se a duas ordens principais de fatores:

1. Facilitou o acesso dos produtos goianos aos mercados do litoral;

2. Possibilitou a ocupação de vastas áreas da região meridional de Goiás, correspondendo à efetiva ocupação agrícola de parte do território goiano.

A partir de 1915, em função do progressivo escasseamento de terras no Sudeste, a busca de novas regiões goianas foi incrementada.

  
9) AGROPECUÁRIA: SÉCULO XX
Houve a aceleração do devassamento do Centro-Sul de Goiás, que passou a exercer forte atração, de um lado devido à fertilidade do solo, de outro, graças ao baixo custo das glebas.

A partir de 1930 inaugurou-se uma nova fase no processo de ocupação agrícola de Goiás, sob a égide da política de Getúlio Vargas, conhecida como "Marcha para o Oeste", e sob a influência de novas necessidades da economia mundial, que se refletiram diretamente sobre a economia nacional.

A expansão agrícola de Goiás neste período respondeu a estímulos exógenos, ou seja, aos interesses das classes agrária e industrial de São Paulo.

  
10) MUDANÇA DA CAPITAL
Desde de 1830 é cogitada a possibilidade de mudar a capital da província para o norte.

Com base na necessidade de tornar povoadas e regiões próximas aos rios Tocantins e Araguaia para propiciar condições de segurança e de abastecimento vitais, caso fosse efetivada a instalação das comunicações fluviais com o norte.

Foi dentro desta política federal de "Marcha para o Oeste" que se deu a construção de Goiânia, marco fundamental deste primeiro ciclo de expansão de Goiás sob novos moldes.

Em 1940 Vargas definiu o sentido da interiorização
Em 1930, sob ao governo de Goiás o interventor Pedro Ludovico Teixeira, que tinha como meta principal a mudança da capital, que até então se localizava em Vila Boa, atual Cidade de Goiás.
  
Em dezembro de 1932 foi decretada a mudança da sede do governo para um local próximo da cidade de Anápolis, que iria receber em breve a Estrada de Ferro de Goiás.

Em 1940, Vargas reafirmou a missão de Goiás e de Goiânia ao dizer que "o verdadeiro sentido de brasilidade é o rumo do Oeste".

A "Marcha para o Oeste" definiu-se assim como uma das faces da política econômica de Vargas, necessária para a consolidação global dos planos presidenciais.

  
11) CANG

  
 
A par do estímulo à fundação de Goiânia, centro dinamizador da região, o Governo Federal prosseguiu a sua política de interiorização através da fundação de várias colônias agrícolas espalhadas pelas áreas mais frágeis do País.
Em Goiás, esta política foi concretizada na criação da Colônia Agrícola Nacional de Goiás e na ação da Fundação Brasil Central. Estes empreendimentos representaram o 2º ciclo da expansão rumo ao Oeste.

  
12) GOIÂNIA - CRESCIMENTO
"E o povão foi chegando e se ajeitando pelos bairros Popular e Botafogo e outros que surgiram mais distantes - Vila Nova, Nova Vila, Vila Operária e Macambira, que virou Setor Pedro Ludovico. Goiânia crescia, orgulhosa, aos olhos dos campineiros que faziam fé que, um dia, suas ruas chegariam a Campinas. Mas duvidavam, pois, entre a Capital e o bairro que lhe deu sustento, havia nada menos que seis quilômetros de matas. E ainda mais: como remover o aeroporto que começava no fim da Avenida Tocantins?

Era ali mesmo, no cruzamento das avenidas Paranaíba e Tocantins, que começava o aeroporto de Goiânia, onde aterrissavam aviões da Vasp e Panair e onde Getúlio Vargas desceu, em 1940, para inaugurar o Jóquei Clube. E o povo chegava de aeroplano, chegava de carroça, de caminhão que descia desembestado dos caminhos do Norte, e vinha de mala e bagagem, para ficar com Pedro Ludovico, braços fortes a erguer prédios, capinar ruas, furar buracos para a passagem dos canos de água que caia límpida nos elegantes bangalôs das ruas de números numéricos, com ligeira semelhança às denominações das avenidas de Nova York".

  
PRIMEIRO PREFEITO


  Pedro Ludovico procurava uma pessoa para administrar a nova Capital, e sua atenção voltou-se para os artigos favoráveis à mudança, escritos nas páginas do Correio Oficial e assinados com o pseudônimo de "A. Santos Leal", "Marcos Ventura" e "Dora Fréges".
Chamou o assessor Celso Hermínio e lhe pediu que levasse o jornalista ao Palácio. O jornalista, jovem de 27 anos, era Venerando de Freitas Borges, e o diálogo foi rápido e ríspido, característico da personalidade dos dois grandes estadistas:

- Quer ser Prefeito da nova Capital?

- Depende.

- Depende de quê?

- Não aceito cabresto.

Diante de tal atrevimento, Pedro Ludovico determina ao Secretário de Governo, Jorge de Moraes Jardim:

- Jorge, lavre o Decreto, este moço me serve.

Assim, no dia 7 de novembro de 1935, nomeado Prefeito de Goiânia, o jovem Venerando pegava o Fordinho 29 e rumava para a nova "Canaã".


 

ANOS 50, 60 E 70

Em 1950 a população já tinha saltado para 53.389 pessoas, das quais 40.353 na área urbana. Área que era basicamente constituída pelos setores Central, Norte, Sul, Oeste e cidade satélite. Um rápido crescimento que superava o planejamento inicial de uma população total de 50 mil habitantes mas que seguia, ainda, basicamente, o Plano de Urbanização de 1930.

No início dos anos cinquenta, a fotografia aérea de Goiânia mostra a cidade acabando nos muros do Jóquei Clube, por que daí, em direção a Campinas, havia a estrada de duas pistas, sem asfalto, guardada por longas fileiras de arame, coberta de campos e matas e à direita, a área de segurança do Aeroporto. Na baixada, o Lago das Rosas, e o Horto Florestal com seus encantos e mistérios. E domingo era aquele mutirão de gente que os buscava para curtir as suas horas de lazer.

Campinas praticamente vivia da Praça Joaquim Lúcio ao Largo da Matriz, onde o Colégio Santa Clara surgia, imponente, escondendo por trás de suas paredes misteriosas os olhos do amor platônico, simbolizado naquele uniforme azul e branco, "trazendo um sorriso franco/num rostinho encantador". E Goiânia escorria sua gente no trajeto da Praça do Bandeirante ao Cine Teatro Goiânia, ou, aos domingos, nas matinês dançantes do Jóquei, nos cines Santa Maria e Goiás, ou ainda no futebol do Estádio Pedro Ludovico, a arrastar apaixonados dragões e carijó.

Nos anos 60, quando nem se pensava em Transurb, o lotação prestou relevante serviço no transporte coletivo entre Goiânia e Campinas. Goiânia era um presépio do sonho colorido. A Praça Cívica ostentava a sua beleza com os obeliscos apontados para o céu. O coreto, guardião das retretas das "furiosas" e dos comícios políticos, dormia a sonolência da tarde.
Neste período que vai até 1955, de acordo com o projeto "Goiânia 21", Goiânia experimenta um crescimento moderado para uma cidade recém-implantada, calmaria que vai desaparecer com a aceleração do fenômeno migratório no Brasil e especialmente com o início da construção de Brasília e das obras viárias promovendo a ligação do Planalto Central com o resto do país.

Estas afirmações não diminuem, entretanto, a importância para a nova capital de surtos de crescimento populacional causados por fatos notáveis, como a chegada da ferrovia (1951) a política de interiorização de Vargas (1951-1954) a inauguração da Usina do Rochedo (1955). Em 1960 Goiânia já contava com 150 mil habitantes.

Surgem as universidades Católica e Federal, segurando os nossos jovens que buscavam os grandes centros, matéria-prima privilegiada para expandir o desenvolvimento. Brasília, sonho de Dom Bosco e realização de JK, encosta nos calcanhares de Goiânia, trazendo, para o Centro-Oeste, as atenções universais.

O Aeroporto muda para o Bairro Santa Genoveva e, em seu lugar, surgem espigões de apartamentos, dando nova feição à parte Norte da cidade que já se emenda com o Setor Fama, Vila Operária e Setor dos Funcionários, entrando em suas ruas no Bairro de Campinas.

Chegamos à geração 70. Goiânia apresenta-se forte e resoluta em sua caminhada rumo ao destaque que conquistaria mais tarde no cenário nacional. Em seu livro, Mendonça Teles descreve a Capital "com milhares de carros conduzindo homens apressados, em busca do primeiro minuto.

Três canais de televisão, três jornais diários e outros semanários, um estádio de futebol entre os primeiros do Brasil, Serra Dourada, do Vila Nova, do Atlético, do Goiás e do Goiânia e o povão de radinho em punho e o grito de gol quebrando a tarde de domingo, que se emenda até a Praça Tamandaré, onde motoqueiros fazem acrobacias nos olhos da namorada. 
Siron Franco, o menino prodígio, assombra o Brasil com suas telas onde "pululam anões", velhas caquéticas, bispos croróticos, potentados góticos, figuras catapléticas, "carcaças carcomidas". Maria Guilhermina, Poteiro e Neusa Moraes dando vida e sentimento às coisas inanimadas, esculturas vivas movimentando o nosso universo cultural".
  
ASPECTOS GEOGRÁFICOS

 
 13) PERDAS TERRITORIAIS
A antiga capitania de GOYAZ possuia aproximadamente 1.000.000 km2. Ao longo da história, através de vários litígios, a sua área foi diminuindo. O atual estado de Goiás possui uma área de 340.086,7 km2, cerca 34% de sua área original.
  
Essas perdas tiveram características boas e ruins. Com área menor, a administração de Goiás se torna mais ágil e menos burocratizada, porém, a perda de regiões ricas como o triângulo "mineiro" reduziram as riquezas de Goiás

  
14) MICRO E MESO REGIÕES

  1 São Miguel do Araguaia - São Miguel do Araguaia, ...

2 Rio Vermelho - Aruanã, Britânia, Goiás, ...

3 Aragarças - Aragarças, ...

4 Porangatu - Niquelândia, Porangatu, Uruaçu, ...

5 Chapada dos Veadeiros - Alto Paraíso, ...

6 Ceres - Ceres, Goianésia, ...

7 Anápolis - Anápolis, Inhumas, Itaberaí, ...

8 Iporá - Iporá, ...

9 Anicuns -  Anicuns, Mossâmedes, ...

10 Goiânia - Aparecida de Goiânia, Bela Vista de Goiás, Goiânia, Trindade, ...

11 Vão do Paranã - São Domingos, ...

12 Entorno de Brasília - Alexânia , Cristalina , Luziânia, Pirenópolis
13 Sudoeste de Goiás – Jataí, Mineiros, Rio Verde , Santa Helena de Goiás
14 Vale do Rio dos Bois - Palmeiras de Goiás, ...
15 Meia Ponte - Caldas Novas, Goiatuba
Itumbiara, Morrinhos
16 Pires do Rio – Cristianópolis , Pires do Rio, Silvânia, Vianópolis
17 Catalão -
Catalão , Ipameri
18 Quirinópolis – Quirinópolis

  
15) RELEVO

  A maior parte do território goiano se caracteriza pelo relevo suave das chapadas e chapadões, entre 300 e 900m de altitude. Consiste de grandes superfícies aplainadas, talhadas em rochas cristalinas e sedimentares.

Cinco unidades compõem o quadro morfológico goiano: (1) o alto planalto cristalino; (2) o planalto sedimentar do Paraná (3) a planície aluvial do médio Araguaia.  
(4) o planalto cristalino do rio Araguaia-Tocantins; e (5) o planalto sedimentar do São Francisco;

O alto planalto cristalino situa-se na porção leste de Goiás. Com mais de mil metros de altitude em alguns pontos, forma o divisor de águas entre as bacias do Paranaíba e do Tocantins. É a mais elevada unidade de relevo de toda a região Centro-Oeste.

O planalto sedimentar do Paraná, extremo sudoeste do estado, é constituído por camadas sedimentares e basálticas ligeiramente inclinadas, de que resulta um relevo de grandes planuras escalonadas.

A planície aluvial do médio Araguaia, na região limítrofe de Goiás e Mato Grosso, tem o caráter de ampla planície de inundação, sujeita a deposição periódica de aluviões.

O planalto cristalino do Araguaia-Tocantins ocupa o norte do estado. Tem altitudes mais reduzidas, em geral de 300 a 600m.

O planalto sedimentar do São Francisco, representada pela serra Geral de Goiás (no passado dito "Espigão Mestre"), vasto chapadão arenítico, caracteriza a região nordeste do estado, na região limítrofe com a Bahia.

  
16) CLIMA

  O Clima predominante do estado de Goiás é o Tropical semi-úmido ou Tropica Típico. O Clima Tropical semi-úmido caracte-riza-se por apresentar invernos secos e verões chuvosos. A pluviosidade média anual situa-se em torno dos 1.500 mm. No verão, ele é dominado pela massa Equatorial continental e pela massa Tropical atlântica.
O calor do continente aquece as bases dessas massas de ar, provocando um movimento ascencional da atmosfera e favorecendo a instabilidade e a ocorrência de pancadas de chuvas (convectivas). Os planaltos e serras do leste goiano costumam apresentar médias térmicas menores que o conjunto da área abrangida pelo Clima Tropical devido a altitude. Muitos autores utilizam o termo Tropical de Altitude para designar o clima dessa região.








17) VEGETAÇÃO

Salvo pequena área onde dominam formações florestais, conhecidas como mato grosso de Goiás, a maior parte do território do Estado de Goiás apresenta o tipo de vegetação escassa do cerrado, com árvores e arbustos de galhos tortuosos, cascas grossas, folhas cobertas por pêlos e raízes muito profundas. O Cerrado cobria em torno de 70% do território goiano.

O cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e da América do Sul, depois da Amazônia e concentra nada menos que 1/3 da biodiversidade nacional e 5% da flora e da fauna mundiais. A flora do cerrado é considerada a mais rica savana do mundo e estima-se que entre 4.000 a 7.000 espécies habitam esta região. Os solos do cerrado do Centro-Oeste foram considerados, até o final dos anos 60, impróprios para a agricultura. De fato, é mínima a quantidade de solos com boa fertilidade natural.

pesquisa científica, entretanto, tornou os Latossolos – que no Centro-Oeste ocupam 90 milhões de hectares (15 milhões em Goiás) – a área mais propícia para as culturas de grãos: solos profundos, bem drenados, com inclinações normalmente inferiores a 3%. São áreas privilegiadas para expansão da agricultura especializada em grãos, pela facilidade que oferecem à mecanização.

  
18) HIDROGRAFIA

  
 
Goiás é considerado um importante centro dispersor de águas do Brasil. Seus rios fazem parte de três importantes bacias hidrográficas do país. Em sua porção nordeste encontramos a bacia do Rio são Francisco (A); Na região sudeste, tem-se a bacia do Paraná (B); Na região noroeste encontramos a bacia do Tocantins-Araguaia (C).

 

19) POPULAÇÃO
De acordo com o IBGE, em julho de 2008, viviam no estado de Goiás 5.884.996 pessoas. Goiás é, assim, o estado mais populoso do Centro-Oeste brasileiro. O crescimento demográfico no estado acentuou-se após a fundação das cidades de Goiânia, em 1933, e Brasília, em 1960. Atualmente a taxa de crescimento demográfico em Goiás é maior do que a média nacional brasileira. Em 2005, tal taxa era de 16,52hab/km².

O território goiano é marcado tanto por vazios demográficos quanto por regiões de alta concentração populacional. As àreas mais densamente povoadas do estado são a Região Metropolitana de Goiânia, com pouco mais de 2 milhões de habitantes, e a Região Leste ou do Entorno de Brasília, com 1,1 milhões.

20) EXERCICIOS
1) Goiás é o mais central dos estados brasileiros e se limita com estados da região Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais), Norte (Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul) e o Distrito Federal. Qual a importância dessa centralidade para o quadro físico/natural e para o quadro humano/econômico.

  
2) O achado do ouro promoveu a fixação do homem ao território goiano e o lançamento das bases da colonização portuguesa no Centro-Oeste, integrado, a partir de então, no contexto mercantil da colônia. Explque como era denominado o tipo de ouro extraído em Goiás e como era essa extração:

  
3) A partir de 1930 inaugurou-se uma nova fase no processo de ocupação agrícola de Goiás, sob a égide da política de Getúlio Vargas, conhecida como "Marcha para o Oeste". Explique o que foi esse programa e cite dois exemplos:

  
4) O Relevo de Goiás pode ser subdividido em cinco sub-unidades Quais são?

  
5) Até bem pouco tempo o estado de Goiás era visto em outras regiões do país como um produtor de gado e grãos. A economia goiana realmente girava em torno da agropecuária e poucas indústrias operavam no estado. Toda a região centro-oeste era rotulada lá fora, em outros estados, como o "celeiro do Brasil". Atualmente verifica-se uma grande diversificação econômica. Faça um breve resumo sobre o quadro atual da economia de Goiás:

  
6) Ao longo do século XVIII, graças à expansão do bandeirismo e à catequese jesuítica, estabeleceu-se ampla linha de penetração: uma oriunda do Norte que, pela via fluvial do Tocantins penetrou a porção setentrional de Goiás; e outra, paulista, advinda principalmente do Centro-Sul. Explique por que os desbravadores tiveram que utilizar a via fluvial:

  
7) Um novo tipo de povoamento se estabeleceu a partir do final do século XVIII, sobretudo no Sul da capitania. Qual era a atividade ecônomica desenvolvida após a mineração e quais os motivos que facilitaram essa atividade:

  
8) O que foi a CANG e qual era o seu objetivo?

  
9) O Clima predominante do estado de Goiás é o Tropical semi-úmido ou Tropical Típico. Caracterize-o:

  
10) Salvo pequena área onde dominam formações florestais, conhecidas como mato grosso de Goiás, a maior parte do território do Estado de Goiás apresenta o tipo de vegetação escassa do cerrado que possui adaptações quanto a umidade e ao solo ácido. Cite e explique três dessas adaptações:


11) A antiga capitania de GOYAZ possuia aproximadamente 2.000.000 km2. Ao longo da histório, atraves de vários litigioes, a sua área foi diminuindo. O atual estado de GOIÁS possui uma área de aproximadamente 340.00 km2, 17% de sua área original. Cite dois aspectos positivos e dois aspectos negativos decorentes dessas perdas:

  
12) Qual foi a região pioneira na prática agrícola comercial em Goiás e quais os fatores que propiciaram esse pioneirismo:

  
13) A região metropolitana de Goiânia e o entorno do DF são as áreas mais povoadas de Goiás. Cite três cidades de cada uma dessas áreas:


14) Caracterize a sub-unidade de relevo de Goiás denominada Alto Planalto Cristalino:


 15) Goiás é considerado um grande centro dispersor de águas ou também, a caixa d´agua do Brasil. Goiás faz parte de três importantes bacias hidrográficas do país. Quais são elas? Cite quatro rios importantes do Estado de Goiás:

7 comentários:

  1. Olá Professor,

    Excelente Blog. Estou adorando passear por ele.
    Mas aproveito para sugerir um ajuste (correção) importante sobre o Goiás. Na página Geohistória de Goiás, item 18, Bacias Hidrográficas, os Rios Corrente e Paranã fazem parte da Bacia do Tocantins e não do São Frnacisco

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  2. Ótimo texto, mas apenas uma correção: uma das características citadas é que o povoamento seria "sazional". No entanto, essa palavra não existe, e sim, sazonal. Porém o termo mais apropriado seria andante, temporário ou até mesmo nômade em alguns casos, pois os acampamentos estavam associados à produção aurífera, e o termo sazonal é uma característica de um evento que ocorre sempre em uma determinada época do ano, o que não é o caso das minas de ouro que uma vez exauridas, não voltam a produzir ouro. Abraços.

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  3. Parabéns,perfeito..impossivel não gostar dessa historia e da sua suma!

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RELÓGIO DA TERRA

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