No dia 18 de dezembro de 2011, estreou no Brasil um dos filmes mais esperados nos últimos tempos: Avatar. Dirigido por James Cameron (diretor de Titanic), esse considerado épico de ação e aventura nos apresenta Pandora, um maravilhoso planeta em fase de exploração humana. Coincidências? Muitas. E, por isso, tentarei fazer alguns comentários de cunho ambiental sobre o filme nesta postagem.
No futuro, o verde da Terra acabou, mas nem é por esse motivo que os humanos decidem explorar Pandora. A gananciosa humananidade aproveita de suas tecnologias para extrair riquezas – que geralmente são interpretadas como recursos (recursos muito mal usados, pelos humanos diga-se de passagem) – de Pandora. Mais precisamente, um mineral que vale muito. Além dos minerais valiosos, criaturas assustadoras, mas ao mesmo tempo encantadoras desfrutam da companhia da que pode ser considerada a mais bela e criativa criação de flora para um planeta distante. Acho que eu nunca tinha visto um planeta alienígena tão encantador como Pandora. Geralmente, planetas alienígenas são representados como altamente civilizados e evoluídos e tudo isso sempre é expresso através de um ambiente nem um pouco “verde”. O que não acontece em Pandora, onde o que é considerado altamente evoluído são os comportamentos conscientemente ambientais dos nativos.
(Eu não sei como encaixar isso ao longo do texto, mas é incrível como TUDO em Pandora é bioluminescente!)
No entanto, o planeta alienígena não é apenas habitado por minérios, flora e fauna selvagem. Lá também habitam seres humanoides, civilizados (o termo “civilizado” pode ser interpretado em seu conceito antropológico, onde um grupo de indivíduos se organiza em comunidade com cultura, crença, língua, etc.): os Na’vi. A presença dos Na’vi complica um pouco as coisas. O que antes poderia ser uma operação mais direta, agora é afetado por uma série de princípios do código de conduta ética humana.
Com intuito de conquistar a confiança dos Na’vi, projetos de colonização são feitos em Pandora. Escolas são fundadas para que a língua inglesa seja ensinada aos habitantes do planeta, bem como a língua na’vi seja aprendida pelos humanos. Tudo isso, é claro, com a ajuda da Biologia: uma recombinação do DNA humano com o DNA na’vi contribuiu para produzir corpos na’vi nervosamente inativos que posteriormente são ativados através de neurotransmissores dos humanos que cederam seus DNAs para a produção desses corpos. Assim eles podem utilizá-los, como avatares para “penetrar” na comunidade na’vi.
Sobre os personagens principais: a relação entre o fuzileiro naval Jake e a “princesa” na’vi Neytiri de longe é parecidíssima com a relação retratada pela animação da Disney de 1995, Pocahontas. Assim como Pocahontas ensina ao bravo capitão da marinha inglesa, John Smith, que é possível com as cores do vento colorir (Colors of the Wind: canção considerada um dos maiores hinos de preservação ambiental), Neytiri age como uma verdadeira educadora ambiental durante o longa Avatar. A personagem na’vi não ensina apenas Jake, mas transmite uma mensagem de conscientização ecológica que pode ser bem compreendida pelo público de qualquer idade.
Clichê? Em uma crítica cinematográfica até pode ser, mas eu só tenho como olhar para essa mensagem do filme como algo positivo. Nunca é demais demonstrar como é importante se entender e se posicionar no planeta como parte dele, ao invés de dono dele. E nisso o filme Avatar acerta em cheio. Super recomendo Avatar e concedo-lhe o título de entretenimento educador ambiental.
Não tenho intenção, nem competência para fazer críticas (positivas ou negativas) ao filme, mas se você se interessa também por isso, pode ler a crítica cinematográfica de Avatar no site Pipoca Combo através do link: http://pipocacombo.virgula.uol.com.br/critica-avatar
RETIRADO DO BLOG: ESSE TAL MEIO AMBIENTE, POR PEDRO WITCHS
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