sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Espaço urbano: uma trajetória histórica Espaço urbano: uma trajetória histórica


Para entendermos a atual dinâmica do espaço urbano, devemos vislumbrar quais processos dão origem a sua complexidade organizacional, sua forma, seu conteúdo e produção.


por Guilherme Freitas Hartmut Behm*


Como diria Lewis Mumford no estudo da história das cidades em seu livro A Cidade na História: "Se quisermos identificar a cidade, devemos seguir a trilha para trás, partindo das mais completas estruturas e funções urbanas conhecidas, para seus componentes originários, por mais remotos que se apresentem."
Reprodução / Wikipedia / Caiodovalle / theurbanear
Avenida Paulista em 4 tempos:
1. A Pintura de Jules Martin mostra a Avenida Paulista na época de sua inauguração. A Paulitsta foi inaugurada por Joaquim Eugênio de Lima no dia 8 de Dezembro de 1891. Fonte: Acervo do Museu Paulista da Universidadede São Paulo (reprodução do livro Álbum Iconográfico da Avenida Paulistade Benedito Lima de Toledo).
2. Foto de 1935 mostra a vista aérea da Avenida Paulista do trecho que vai da Rua Minas Gerais a Rua Augusta. Do lado direito, a grande construção é o Colégio São Luiz e ao fundo o bairro do Pacaembu.
3. Durante as décadas de 60 e 70, com a valorização imobiliária da região, começam a surgir na Avenida Paulista os característicos "espigões", edifícios de escritórios com 30 andares em média.
4. Durante sua evolução, a Avenida Paulista passou por várias reformas paisagísticas. Os locais destinados aos carros foram alargados e criaram-se calçadões com desenhos de mosaicos portugueses em branco e preto.
O mundo nem sempre foi como hoje, urbano. No passado, antes da produção do excedente  , no período Paleolítico, os homens eram nômades, não tinham moradia fixa. Contudo, foi justamente nesse período que apareceram as primeiras manifestações e o interesse de se fixar  em algum lugar.
É no período seguinte, o Mesolítico que a cidade  surge, como afirma Maria Encarnação B. Sposíto emCapitalismo e Urbanização: "É efetivamente no período [...], Mesolítico que se realiza a primeira condição necessária para o surgimento das cidades: a existência de um melhor suprimento de alimentos através da domesticação dos animais, e da prática de se reproduzirem os vegetais comestíveis por meio de mudas. Isto se deu há cerca de 15 mil anos e todo esse processo foi muito lento, porque somente três ou quatro mil anos mais tarde essas práticas se sistematizaram, através do plantio e da domesticação de outras plantas com sementes e da criação de animais em rebanho."

Divulgação
Lewis MumfordNasceu em Nova York e estudou no City College e na New School for Social Research, na sua cidade nativa. Colaborou em publicações e seus primeiros textos publicados em jornais e revistas firmaram seu interesse por questões urbanas. Em suas obras advertia de que a sociedade tecnológica deveria entrar em harmonia com o desenvolvimento pessoal e as aspirações particulares. Costumava dizer: "A tecnologia ensinou uma lição à humanidade: nada é impossível."
Produção do excedenteÉ produzir além do necessário para sua subsistência.


FixarComo diz Aristóteles nos fixamos "pela necessidade de convivência". Já Lewis Mumford acha que essa necessidade de se fixar aparece pela preocupação do homem paleolítico com os mortos, quando diz que a "A cidade dos mortos antecede a cidade dos vivos."

Cidade 
O Conceito de Cidade Estado surge nas cidades gregas conhecidas como pólis, há mais de 2 mil anos a.C. A pólis significava a união de todos os cidadãos na manutenção dos espaços públicos. Nestas cidades, os agregados populacionais eram de grande dimensão. A cidade-estado no mundo grego era a unidade política básica.


Portanto, a cidade surge a partir de uma produção para além da subsistência e do consumo próprio. Ela se desenvolve com o escambo  e as primeiras aldeias  , que ainda não são cidades.
A aldeia como aglomerado humano precede a cidade, mas ainda não pode ser considerada cidade, pois não apresenta características urbanas. Para alcançar o patamar de cidade, era necessária uma maior complexidade social, uma divisão do trabalho mais elaborada, sobretudo planejada, dotada de intencionalidade e da acumulação  .
A constituição de cidade pede a presença de vários elementos como bem explicita Paul Singer: "Ela é, ao mesmo tempo, uma inovação na técnica de dominação e na organização da produção. Ambos os aspectos do fato urbano são analiticamente separáveis, mas, na realidade, podem ser intrinsecamente interligados. A cidade antes de mais nada concentra gente em um ponto do espaço.[...] A cidade é o modo de organização espacial que permite à classe dominante maximizar a transformação do excedente alimentar, não diretamente consumido por ele, em poder militar e este em dominação política."
EscamboPermuta ou troca direta. Na história do Brasil, o escambo teve papel importante na exploração da mão de obra indígena pelos colonizadores.

AcumulaçãoAcontece devido ao desenvolvimento da técnica que possibilita a ampliação do excedente e, por consequência do escambo, apresentando já uma das características do modo de vida urbano, atividades do terceiro setor econômico, alterando cada vez mais o espaço e a relação da sociedade com a natureza, e a relação entre os homens, principalmente no âmbito político e social.
AldeiasSão definidas por Paul Singer (1973) como "um aglomerado de agricultores" por ainda apresentarem a principal característica de uma economia baseada no primeiro setor da economia.
UrbanoZona Urbana é a área de um município caracterizada pela edificação contínua e a existência de equipamentos sociais destinados às funções urbanas básicas, como habitação, trabalho, recreação e circulação.

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As megacidades
Elas são definidas como áreas urbanas com mais de cinco milhões de habitantes. Os cientistas estimam que em 2015 o mundo terá cerca de 60 megacidades, acolhendo em seu conjunto mais de 600 milhões de pessoas.
Cidades com mais habitantes e previsões futuras
Cidades com mais habitantes (em milhões)
1. Tóquio
 (Japão) > 36
2. Cidade do México (México) > 19,4
3. Nova York (EUA) > 18,7
4. São Paulo (Brasil) > 18,3
5. Mumbai (Índia) > 18,2
6. Nova Délhi (Índia) > 15
Cidades com mais habitantes por km²
1. Mumbai 
(Índia) > 26.650 mil
2. Calcutá (Índia) > 23.900 mil
3. Karachi (Paquistão) > 18.900 mil
4. Lagos (Nigéria) > 18.150 mil
5. Shenzen (China) > 17.150 mil
6. Seul (Coréia do Sul) > 16.700 mil
Cidades com as maiores populações em 2015 (em milhões)
1. Tóquio 
(Japão) > 35,5
2. Mumbai (Índia) > 21,9
3. Cidade do México (México) > 21,6
4. São Paulo (Brasil) > 20,5
5. Nova York (EUA) > 19,9
6. Nova Délhi (Índia) > 18,6
7. Xangai (China) > 17,2
8. Calcutá (Índia) > 17,0
9. Daca (Bangladesh) > 16,8
10. Jacarta (Indonésia) > 16,8B
Fonte: Divisão de população da ONU.

Divulgação
Atualmente, Tóquio é um dos mais importantes centros urbanos do planeta. A cidade tem menos arranha-céus em comparação com outras cidades de sua magnitude, principalmente devido ao risco de terremotos. É por isso que a maior parte dos seus edifícios não tem mais de 10 andares.
FragmentadoÉ o resultado de processos sociais, sendo esse resultado o reflexo de uma sociedade em um determinado espaço e tempo.
Características da cidade e as visões dos autores Dessa forma, vemos que outra característica da cidade e do urbano é a aglomeração de pessoas em um ponto do espaço, mas que é engendrado em uma produção organizada, seguindo a ideologia e determinado controle de uma classe dominante, com o objetivo de ampliar a produção.
Para explicar melhor o que é urbano, Roberto Lobato Correia traz a ideia de Munford e Aristóteles, ou seja, que o surgimento da cidade e do modo de vida urbano, produto da cidade, não tem apenas um viés econômico, de mercado, mas possui também uma ligação afetiva. O autor exemplifica a cidade em seu livroEspaço Urbano como: "Fragmentada  , articulada, reflexo e condicionante social, a cidade é também o lugar onde as diversas classes sociais vivem e se reproduzem. Isto envolve o quotidiano e o futuro próximo, bem como as crenças, valores e mitos criados no bojo da sociedade de classes e, em parte, projetados nas formas espaciais: monumentos, lugares sagrados, uma rua específica etc."
"Mercado era apenas o sítio na qual se localizava a cidade e sua origem era religiosa e política" 
(Lewis Munford)
Reprodução / Wikipedia
Bombaim ou Mumbai atrai migrantes de toda Índia e de países vizinhos, devido às oportunidades comerciais e ao seu nível relativamente elevado. A cidade tornou-se o núcleo cosmopolita de várias comunidades e culturas.
A cidade e o urbano 
Para não haver confusão sobre o conceito de cidade e o de urbano, Milton Santos vai dizer que: "a cidade é o concreto, o conjunto de redes, enfim, a materialidade visível do urbano enquanto que este é o abstrato, o que dá sentido a natureza da cidade." Dessa forma vemos que a cidade é o produto do urbano, onde o urbano é o modo de vida e a cidade a materialização dele. Michele Tancman Candido da Silva diz que a cidade pode ser entendida como: "[...], um espaço social onde todos os moradores teriam, a priori, o direito de ir e vir, de compartilhar a cultura, a riqueza, os bens de serviços, desfrutar o conhecimento coletivo, direito ao trabalho e a participação nas decisões do uso dos espaços da cidade." Esse trecho reforça a ideia de que a cidade surge não somente para corporificar o mercado, mas também para dar um novo significado à vida humana, o sentido da afetividade, do compartilhamento dos recursos, bens, direitos, serviços e da política, ou seja, da convivência harmônica, da expressão da cidadania.

Bolsões de pobreza
ConurbaçãoÉ um fenômeno urbano que ocorre quando duas ou mais cidades se desenvolvem uma ao lado da outra, de tal forma que acabam se unindo como se fossem apenas uma.
Nas megacidades é que se concentram os grandes bolsões de pobreza, principalmente nos países subdesenvolvidos, apresentando baixos rendimentos e poucos investimentos em infraestrutura, saneamento, educação, segurança e saúde. Tudo isso agrava os problemas pré-existentes, o que faz a população aumentar, se tornando um ciclo, pois, quanto mais aumenta a população, maior é o agravamento dos problemas urbanos, e quanto maior o problema urbano, e acesso à mobília da cidade, principalmente a educação e saúde, maiores serão as taxas de natalidade e mortalidade. Normalmente, as megacidades se desenvolvem no contexto de uma região metropolitana, ou seja, em uma cidade central, como polo de economia e na junção das cidades que se desenvolvem no entorno, devido ao fenômeno conhecido como conurbação .

Divulgação | Reprodução
Nova York se tornou a área urbanizada mais populosa do mundo em 1920, ultrapassando Londres e a sua região metropolitana. A cidade tornou-se a primeira megacidade da história. É também a cidade mais populosa dos Estados Unidos.

"A cidade Industrial é também analisada como espaço de reprodução capitalista. A produção do espaço urbano, embora apresente uma aparente desordem, se dá dentro de uma ordem coerente com o modo de produção dominante. Entretanto, pode ser a cidade um tecido de luta de classes, há constantes fissuras nessa ordem hegemônica."Michele Tancman Candido da Silva (2002)
PólisExercia soberania política em seu território, sendo autônoma na produção, na política e na economia.
Cidades na história Contudo, vemos que a cidade surge de fato na Antiguidade, por volta de 3.500 a.C, na Mesopotâmia, entre o Rio Tigre e Eufrates (hoje Iraque), no entorno do Rio Nilo (hoje Egito) e do Rio Amarelo (hoje China), sendo Ur, Babilônia, Mari e Nínive as principais cidades do mundo nessa época.
As cidades na Antiguidade tinham características em comum; além de se localizarem perto de rios, apresentavam um caráter teocrático, tanto na organização espacial quanto política, onde o rei era o centro do comando e os templos marcavam o centro das cidades.
A Mesopotâmia foi o centro da difusão do urbano para o Egito antigo, Mediterrâneo e o interior da China, essas cidades eram conhecidas como Cidades-Estados, construídas como fortalezas, como o objetivo de se refugiar de animais e outras cidades inimigas.
Seu território era demarcado pelas grandes muralhas que a cercavam. Nesse período é que começa o processo de urbanização, quando as populações deixam as aldeias em direção às cidades, para ocupar as áreas no entorno delas. Fora das muralhas, continuaram a exercer atividades baseadas no primeiro setor, surgindo a primeira característica de submissão do espaço rural ao espaço urbano, ou da supremacia da economia e do modo de vida urbano sobre o rural. É nesse momento que surge a pólis  , cidade-estado grega e a ampliação do processo de urbanização, como afirma Maria Encarnação B. Sposito (2005): "O aumento da importância das cidades da Mesopotâmia começou a partir de 2500 a.C, quando estas cidades começaram a formar Estados independentes. Ur teria atingindo provavelmente os 50 mil habitantes e a Babilônia, os 80 mil."
BurgosConsiderado por Maria Encarnação B. Sposíto como: "Pontos fortificados, cercados por muralhas e rodeados por fossos e eram construídos sob ordens dos senhores ou príncipes feudais, com o objetivo de servir de refúgio a eles e seus servos, e para armazenamento de animais e alimentos, em caso de perigo. Abrigavam também uma igreja."
Após a queda do Império Romano Ocidental, a sociedade medieval, que é baseada em um sistema organizacional conhecido como feudalismo, faz a cidade perder importância e o modo de produção torna-se quase que exclusivamente agrícola, sendo baseado em latifúndios e na servidão. Nessa época, a produção artesanal volta para o campo. O uso da terra é idealizado pela igreja como dádiva de Deus; o voto de pobreza garante o esvaziamento do urbano, reduzindo as cidades a funções administrativas e religiosas.
O período medieval é marcado pelo efeito contrário da urbanização, onde as cidades se esvaziaram e minimizaram suas funções. Elas foram alteradas em sua estrutura, quando surgem os burgos  , cidades extremamente fortificadas que visavam estreitamente a proteção e a vigilância dos que ali viviam.
Nesse processo, com o fim das invasões pela militarização dos feudos e a redução de guerras, a população acabou por aumentar, gerando mais consumidores, a necessidade de comércio, geração de renda e trabalho, assim como o desenvolvimento da produção agrícola graças ao aperfeiçoamento da técnica. Esses fatores fazem aumentar a produção do excedente e o aparecimento dos centros urbanos como localidades e prestação de serviços, principalmente em regiões próximas às estradas e portos, onde era mais fácil o fluxo de pessoas e mercadorias.
É nesse sentido que surge a cidade industrial a partir da Revolução Industrial  , o que resultou numa série de complexas relações sócio-espaciais solidárias e contraditórias que vão dar origem à cidade em que vivemos hoje.
Na era da globalização
A cidade na era da globalização apresenta várias facetas e formas, onde a rapidez do fluxo de informação se amplia, se produz e se tomam as decisões. O jogo político cotidiano se manifesta entre os homens, se segrega e integra, aliena e se racionaliza, se joga, se crê, se cria afetividade ou desafeto. A cidade é um laboratório onde tudo se experimenta e se transforma, onde expressamos nossos anseios e felicidades, damos sentido ao nosso modo de vida.

Revolução IndustrialFez acelerar o processo de acumulação de capital, nesse sentido, a cidade assume assim o papel principal na produção capitalista do espaço, aparecendo como palco principal das relações de trabalho e produção, deixando de ser meramente um centro político e administrativo se transformando no espaço da produção. Maria Encarnação B. Sposíto afirma: "A cidade assumiu, com o capitalismo, uma capacidade de produção, que a diferenciava totalmente do processo de urbanização ocorrido na Antiguidade. A cidade romana, para nos referirmos à organização política que permitiu maior urbanização no período antigo, era o lócus da gestão políticoadministrativa, de exercício do poder, de moradia das elites dominantes."MegacidadesAs megacidades se estendem no espaço e formam verdadeiras nebulosas urbanas onde se integram campo e cidade, criatividade e problemas sociais. Elas são aglomerações de grandes dimensões (10 milhões de habitantes, às vezes mais, às vezes menos) que concentram o essencial do dinamismo econômico, tecnológico, social e cultural dos países e estão conectadas entre si numa escala global.

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Manuel CastellsSociólogo espanhol que lecionou na Universidade de Paris. Escreveu vários livros, entre eles, no mais famoso, A Sociedade em Rede, defende o conceito de capitalismo informacional. Segundo o Social Sciences Citation Index, Castells foi o quarto cientista social mais citado no mundo no período de 2000 a 2006.

A Revolução Industrial e as cidades
A Revolução Industrial altera todo o arranjo espacial da cidade. O advento da fábrica, da máquina a vapor e da ferrovia vai direcionar a população a um processo de urbanização nunca antes visto. Segundo Silva, cerca de 25 milhões de pessoas viviam em cidades enquanto a população total do mundo era cerca de 1 bilhão de habitantes, ou seja, um aumento espantoso na população urbana.
Ao longo dos séculos seguintes, XIX e XX, a população aumentou ainda mais nas cidades. O processo de urbanização se acelera e cria os aglomerados urbanos da atualidade. Esse grande aumento populacional foi o responsável pelo agravamento dos problemas urbanos.
Já no capitalismo mercantil, as cidades continuam tendo um caráter político-administrativo das cidades da Antiguidade, porém, assumem também o papel de produtora de mercadorias.
Todos esses elementos ampliam a divisão social do trabalho, principalmente no que se refere à função, especialização de cada cidade, a de compreendermos aqui também, que ela não é apenas o palco da produção, mas é no bojo desses entraves que se constrói a vida cotidiana, prazeres e desprazeres, repetições e surpresas.
Portanto, a cidade que surge como o palco da produção desvenda-se também como o lugar, ou seja, o palco da afetividade, da cotidianidade, onde se constrói a vida dos comuns, se tornando consequentemente o espaço de produção social da vida, como a reprodução das relações.
É nesse sentido que vemos a cidade industrial também como o espaço dos movimentos sociais, da luta de classes, e que apesar de apresentar um aparente caos, segue uma ordem: a do capital.
Esse rápido processo de acumulação propiciou um rápido crescimento das cidades, surgindo o que o pesquisador espanhol Manuel Castells  vai chamar de "megacidades ".

*Guilherme Freitas Hartmut Behm é geógrafo.
Fonte:

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Aprenda alguns dos aspectos mais relevantes para mudanças climáticas


Guia das Mudanças Climáticas é um simples e interessante guia interativo, todo em português e desenvolvido pela BBC. Voltado para aqueles que estão interessados em conhecer melhor e ficar mais por dentro de uma das questões em pauta mais urgentes da atualidade, traz uma série de informações úteis e essenciais.
Apesar da proposta variada, sem foco em um só fenômeno, o Guia das Mudanças Climáticasé bastante simplificado. A página traz uma série não muito extensa, com explanações e informativos sobre tais fenômenos que se propõe a explicar, esclarecendo para o usuário de maneira primária, mas bastante efetiva sobre o assunto.

Uma maneira didática de visualizar e compreender as mudanças climáticas

Aquecimento GlobalUm dos aspectos mais interessantes do Guia das Mudanças Climáticas é a maneira como os conceitos, teorias e previsões são expostos. Os principais deles trazem imagens, vídeos e animações interativas bastante elucidativas, interessantes para estudantes do ensino fundamental, médio, superior e qualquer pessoa interessada em entender melhor os fenômenos que tem levado à mudanças climáticas no Planeta Terra.
Ao acessar a página você encontrará um menu à esquerda com cinco temas separados. Para visualizar, basta clicar sobre eles. Confira o que cada um traz de mais interessante:
  • Previsão Climática: Confira a mudança da temperatura na Terra desde 1885 e as previsões até 2099 em dois casos comparativos: em um planeta onde a prioridade é o desenvolvimento sustentável e em outro onde há queima de combustível fóssil.
  • Efeito estufa: Compreenda melhor e aprenda mais detalhadamente sobre o efeito estufa com o apoio desta simulação.
  • Gás Carbônico: visualize a dinâmica do gás carbônico no planeta.
  • Efeitos feedback: Aprenda sobre as respostas aos fenômenos climáticos, com o exemplo do Efeito do Albedo de Gelo.
  • Corrente do Golfo: Compreenda melhor a movimentação de uma das correntes mais relevantes para a dinâmica do clima na Terra.

Ets existem? Ets existem? Ets existem?


 

 
 
Estive pensando estes dias sobre um assunto meio polêmico que é sobre a existência ou não de extra-terrestres. E se existem, será que eles são mais ou menos “evoluídos” que os seres humanos? Tem até quem diga que eles já vieram aqui e até ajudaram a antigas civilizações a construir seus monumentos como os egípicios e os maias. Mas o que é verdade?
Partindo do presuposto que eles existem e são mais "evoluídos" que nós, então por que não fazem contato? Acho que a curiosidade existe em todas as categorias de animais e teria então que existir entre os E.Ts. As distâncias são tão difíceis de serem rompidas que se eles realmente vieram até aqui, teriam que ficar e tentar colonizar, como fizeram as potências imperialistas. Ah, quer saber, se eles existem, são mais burros que nós.
Sendo mais burros, então seriam nós que teríamos que descobrí-los. Mas acho isso meio complicado também. Se nem conseguimos os visualizar com os nossos super e hiper telescópios, quanto menos, criar uma nave que vão até eles. E nem acho que valha a pena tentar também. Bobeira.
 
O fato é que, geográficamente falando, vivemos uma fase única e rara do nosso próprio planeta. Segundo medições de carbono 14, nosso planeta tem 4,5 bilhões de anos. Muito tempo. Tanto que nem conseguimos imaginar a não ser que o transformemos em uma escala de um ano. E SE A TERRA TIVESSE APENAS UM ANO?
Se a Terra tivesse um ano, proporcionalmente, ela se solidificou (deixou de ser um mar de lava incandescente) apenas no final de fevereiro (desse ano hipotético). E os continentes passaram a se separar (deriva continental) apenas no início do mês de Dezembro (ainda desse ano hipotético). O Cristianismo, nessa escala de tempo, teria apenas 15 segundos. Isso mesmo, Cristo teria nascido, se a Terra tivesse apenas um ano, no dia 31 de dezembro, as 23:59:45 . Somos insiguinificantes né.
O homem “civilizado” e moderno, após a revolução industrial e mais recentemente com o advento da computação teriam menos de 1 segundo de um ano, em termos proporcionais. E nesse tempo ínfimo, estamos destruindo o solo que nos alimenta, a água que bebemos e o ar que respiramos.Acho bem mais fácil a humanidade sumir da face da Terra do que construímos naves que vão até planetas que tenham vida.
Se os E.Ts. existem ou não eu realmente não sei. Mas se eles existem, nós NUNCA os veremos. E tenho dito!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Pais devem apoiar seus filhos na transição do colégio para a faculdade

VI NA GLOBO.COM

A entrada na escola com poucos anos é um marco na vida das crianças. Significa um importante passo rumo à independência. Elas vão crescendo e avançando em seus estudos. Aos poucos, a idéia de cursarem uma faculdade e enfrentarem o temido vestibular ganha espaço. Aquilo que parecia distante chega rápido.
De certo modo, os estudantes se prepararam a vida inteira para esse exame. Ser aprovado é uma vitória – orgulho dos pais e sensação de ter atingido um importante objetivo. Porém, ele não é um fim em si mesmo e sim a passagem para uma nova etapa, a universidade e tudo o que ela significa. Embora o status de estudante permaneça, o contexto é bem diferente.
Apesar de desejada, essa mudança também é temida. É necessário que o estudante exercite sua autonomia de maneira mais ampla. Ele conquista mais liberdade e, consequentemente, tem mais responsabilidade. Todo aquele ambiente organizado e protegido oferecido pela escola e pela família é menos encontrado na faculdade.
Às vezes, os jovens estiveram por muito tempo em uma mesma instituição, que acabam virando um prolongamento de suas casas. A mesma estrutura física e pedagógica, as mesmas pessoas, profissionais e amigos… Era a garantia de que as coisas estavam sob controle. Eram poucas as surpresas. O próprio grupo social da escola funcionava como rede de apoio para questões acadêmicas e da esfera pessoal.
Isso acaba ficando para trás, e o universitário tem que lidar com essas perdas, inclusive a perda da condição infantil, vivenciando um luto.
Quantas mudanças vão ter que enfrentar? Amigos novos, por vezes de diferentes partes do país. Professores que não os veem mais como crianças, e sim como universitários. Ter que desbravar o espaço físico e lidar com diferenças na maneira de ensinar de cada docente. Deparar-se com idéias e conceitos novos.
As mudanças nem sempre param por aí. Às vezes, até de cidade é necessário mudar, como é o caso dos estudantes que moram em lugares em que a oferta de cursos universitários é mais limitada. Acabam ficando longe de suas famílias, em repúblicas de universitários, com pessoas desconhecidas, e precisam pensar e providenciar até o que vão comer.
Perdas de um lado e coisas diferentes de outro podem tornar difícil a adaptação do estudante, por vezes impedindo-o que siga em frente nos estudos. E, ainda por cima, tendo que se virar sozinho.
Por isso, nem sempre o primeiro ano na faculdade é uma experiência das mais prazerosas. Mas o modo como é encarado e vivido importará para a adaptação ou não a essa nova etapa. E ninguém precisa ser forte e dizer que está tudo muito fácil. Principalmente quando isso não é verdade.
Para tanto, o suporte dado pela família torna-se fundamental. Na idéia de ter que ser adulto, esse recurso nem sempre é buscado, inclusive porque algumas cobram de seus filhos uma maturidade ainda a ser conquistada.
Também não é fácil para os pais verem seus filhos crescendo. No entanto, essa é uma condição natural e necessária. E eles podem ajudar muito.
Como, por exemplo, ouvi-los sem julgamento. Sem dizer coisas que coloquem em dúvida a capacidade deles de enfrentamento. Oferecer-lhes palavras de orientação e estímulo, ajudá-los a terem forças para seguir em frente.
O crescimento de qualquer ser é gradual. Não é porque está na universidade que, num passe de mágica, o jovem se tornou mais adulto. Atrapalhar-se na vida não é privilégio de ninguém. Os filhos ainda vão precisar muito de seus pais, que necessitarão ter a sabedoria de acolhê-los em suas angústias sem impedir que sigam em frente.
Além do mais, passada a primeira impressão, estar na faculdade é experiência enriquecedora e pode ser muito divertida.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Atualidades – Política – Colégio Sagrado


        ATUALIDADES – POLÍTICA BRASILEIRA   
Nome: _______________________________________________ Série: _______ Data: ___/ ___/ ___




Política do Brasil
O Brasil é uma república federal presidencialista, de regime democrático-representativo. Em nível federal, o poder executivo é exercido pelo Presidente. É uma república porque o Chefe de Estado é eletivo e temporário. O Estado brasileiro é uma federação pois é composto de estados dotados de autonomia política garantida pela Constituição Federal e do poder de promulgar suas próprias Constituições. É uma república presidencial porque as funções de chefe de Estado e chefe de governo estão reunidas em um único órgão: o Presidente da República. É uma democracia representativa porque o povo dificilmente exerce sua soberania, apenas elegendo o chefe do poder executivo e os seus representantes nos órgãos legislativos, como também diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular. Isso acontece raramente, o que não caracteriza uma democracia representativa.
Indicadores: De acordo com o Índice de Democracia, compilado pela revista britânica The Economist, o Brasil possui desempenho elevado nos quesitos pluralismo no processo eleitoral (nota 9,5) e liberdades civis (nota 9,1). O país possui nota acima da média em funcionalidade do governo (nota 7,5).  No entanto, possui desempenho inferior nos quesitos participação política (nota 5,0) e cultura política (nota 4,3).  O desempenho do Brasil em participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados "regimes híbridos", enquanto o desempenho em cultura política é comparável ao de Cuba, considerado um regime autoritário.  No entanto, a média geral do país (nota 7,1) é inferior somente à do Uruguai (nota 8,1) e do Chile (nota 7,6) na América do Sul.  Dentre os BRIC, apenas a Índia (nota 7,2) possui desempenho melhor.  De fato, em relação aos BRIC, a revista já havia elogiado a democracia do país anteriormente, afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRIC. Diferentemente da China e da Rússia, é uma democracia genuína; diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus vizinhos".
O Brasil é percebido como o 75º país menos corrupto do mundo, perdendo para Romênia, Grécia, Macedônia e Bulgária por apenas um décimo.   O país está empatado com os países sul-americanos da Colômbia, do Peru e do Suriname, e ganha da Argentina (106°), da Bolívia (120°), da Guiana (126°), do Equador (146°), do Paraguai (154°) e da Venezuela (162°) na região.   O Brasil ainda está em situação melhor que todos os outros países do BRIC.   A China se encontra 80º lugar, a Índia em 84° e a Rússia em 146°.


Senado Federal do Brasil.







Líderes partidários da Câmara dos Deputados em reunião.
Organização: O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário. O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos prefeitos. O Poder Legislativo é composto, em âmbito federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é representado por 3 senadores para um mandato de oito anos cada. Em âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembléias Legislativas Estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais.
Unidades federativas: O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para 4 anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são eleitos para a Câmara Municipal para igual período.
Poder Judiciário: Finalmente, há o Poder Judiciário,cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal , responsável por interpretar a Constituição Federal e composto de onze Ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indíviduos de renomado saber jurídico. A composição dos ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se aposenta ou vem a falecer.

 

ALGUNS ESCÂNDALOS NO CONGRESSO

 

Veja as mudanças nos ministérios de Dilma

    

   











 

Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, criou o PSD, o vigésimo oitavo partido brasileiro.
A sigla deverá ter a 3ª maior bancada do Congresso, promete não disputar emendas nem verbas e afirma que vetará filiação de políticos com a ficha suja
O PSD, partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, cumpriu todos os requisitos legais e está pronto para ser criado.“Nasceu! Estou muito feliz e consciente da responsabilidade que temos daqui pra frente. Agora é hora de aumentar filiações de possíveis candidatos nas eleições de 2012 e iniciar a elaboração do programa. Vamos convocar todos os envolvidos na criação do PSD para filiar o máximo de militantes”, disse Kassab.
A sigla conseguiu na tarde desta quinta-feira cumprir todos os requisitos legais para ser criada: obteve registro em dez Tribunais Regionais Eleitorais (o mínimo é nove) e ultrapassou o número de assinaturas mínimas para a criação de uma nova legenda – é necessário ter 490 mil assinaturas comprovadas, e o PSD já apresentou 581 mil ao Tribunal Superior Eleitoral. Em todos os Estados, o registro foi obtido com unanimidade. 

Segundo o futuro secretário-geral do PSD, o ex-deputado Saulo Queiroz, o partido já contabiliza 42 deputados e deverá chegar a 58 até outubro. Com isso, deve se tornar a terceira maior bancada da Câmara dos Deputados, atrás do PT (86 deputados) e do PMDB (80), mas à frente do PSDB, com seus 53 parlamentares. Para se ter uma ideia da força do PSD ao nascer, o PSDB foi criado em 1988 com uma bancada de 39 deputados. (do IG, com informações da Agência Brasil)

PT enfrenta grevistas e privatiza. Na prática a teoria é outra.

      Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira (07/02/2012), a jornalista Eliane Cantanhêde explora a contradição do Partido dos Trabalhadores (PT) em dois recentes episódios: a privatização dos aeroportos e a greve dos policiais militares da Bahia. Veja abaixo o artigo.
      Quem te viu, quem te vê
      “Na Bahia, o governador Jaques Wagner (PT) partiu para o confronto com policiais em greve, chamou o Exército e bateu o pé mesmo diante dos cadáveres que se amontoam por falta de segurança.
      Em Brasília, o governo federal comemora alegremente o sucesso dos leilões de privatização dos aeroportos da própria capital, de Guarulhos e de Campinas, com resultado de R$ 24,5 bilhões, bem acima das expectativas.
      Indaga-se: por que o PT condenou tão acidamente a repressão do governo do PFL-DEM a um movimento semelhante na Bahia em 2001? E por que não só criticou ferrenhamente as privatizações do governo FHC como as usou contra os adversários nas campanhas de 2002, 2006 e 2010?
      Ou as greves dos policiais na era DEM eram legítimas e na era PT passaram a ser ilegítimas, ou o PT tem um discurso na oposição e uma prática na situação. Ou… o PT mudou.
      Ou as privatizações eram ruins e agora são boas para o país, ou o PT de Lula e agora de Dilma aderiu ao vale-tudo eleitoral e mentiu, ironizou e foi sarcástico contra uma política que não apenas aprovava como agora aplica, feliz da vida.
      Durante três campanhas seguidas, o partido recorreu ao mesmo discurso, atribuindo aos adversários tucanos a intenção até de privatizar o BB, a CEF, a Petrobras e a mãe de todos os eleitores. Era o PT antiprivatização versus o PSDB privatizante, o PT patriótico versus o PSDB impatriótico.
      E agora, qual o discurso? Dilma e Lula deveriam pedir desculpas: ou mentiram aos eleitores ou estavam errados e agora reconhecem que greve de policiais era e é inadmissível e que a política de privatizações do governo adversário era e é correta. Suspeita-se que não vão fazer nem uma coisa nem outra. Vão deixar pra lá, como se nada tivesse acontecido.
      Moral da história: greve no governo dos outros é bom, mas no nosso não pode; privatização no governo dos outros é impatriótica, mas no nosso é um sucesso do patriotismo.”
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/24409-quem-te-viu-quem-te-ve.shtml

 

COMO FUNCIONA O SÍTIO FICHA LIMPA
A Lei Ficha Limpa é uma grande demanda da sociedade. Originada em uma iniciativa popular, foi sancionada como Lei Complementar nº. 135, no dia 4 de junho de 2010. A aprovação se deu graças à mobilização de milhões de cidadãos e se tornou um marco fundamental para a democracia e a luta contra a corrupção e a impunidade no Brasil. Trata-se de uma conquista de todos os brasileiros e brasileiras. Para garantir que essa vontade popular se reflita nestas e nas próximas eleições, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (Abracci), com o apoio do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), apresenta o sítio Ficha Limpa – um instrumento de controle social da Lei Ficha Limpa e uma ação de valorização do seu voto! 
O sítio Ficha Limpa apresenta um cadastro voluntário e positivo de candidatos que atendem à Lei Ficha Limpa e se comprometem com a transparência de sua campanha eleitoral. Isso significa que, além de estarem se posicionando de acordo com a lei, apresentam o compromisso da transparência através da prestação de contas de sua campanha eleitoral, informando semanalmente a origem dos recursos obtidos e os gastos efetivados. Somente após a avaliação da documentação, o candidato é autorizado (ou não) a figurar na lista. 
Os eleitores podem consultar o cadastro de diferentes formas: por Estado, partido, nome/ número do candidato, cargo eletivo, gênero, idade, cor e etnia. Portanto, você pode verificar se o seu candidato está aqui, ou pode também procurar, por exemplo, candidatos a deputado federal no seu Estado. O cadastro está aberto para candidatos aos seguintes cargos eletivos: 
- Presidente da República; - Senador; - Deputado Federal; - Governador. 
Esse é mais um instrumento para votar com consciência e informação. Use e divulgue entre amigos e candidatos. Assim, estaremos mais perto do país que desejamos. 

Código Florestal, Lei da Copa, CPI da Privataria, verba para educação: a agenda do Congresso em 2012

O Congresso Nacional retoma seus trabalhos dia 2 de fevereiro com uma agenda cheia pela frente. Entre os temas mais polêmicos, destacam-se investimentos para o Plano Nacional de Educação, destinação dos recursos do Pré-Sal, proposta de criação da CPI da Privataria, PEC do trabalho escravo, previdência dos servidores públicos federais, novo Código Florestal e a Lei Geral da Copa.

Brasília - Na próxima quinta (2), o Congresso Nacional retoma seus trabalhos, com a solenidade especial de abertura do novo período legislativo. Como normalmente acontece em anos eleitorais, deputados e senadores sabem que terão pouco tempo para apreciar matérias polêmicas, sobre as quais os movimentos sociais já firmaram posições contundentes, manifestadas durante o Fórum Social Temático, realizado de 24 a 29/1, em Porto Alegre (RS). Entre os temas que promete suscitar debates acalorados está a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que apresenta as metas do setor para os próximos 10 anos. Pressionado pelo movimentos populares, o relator do projeto, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), conseguiu negociar com a equipe econômica do governo, no ano passado, um aumento de 7% para 8% no percentual do Produto Interno Bruto (PIB) a ser destinado para a área, mas a sociedade civil continua exigindo 10 % do PIB para a Educação.
A campanha pelos 10% é uma daquelas raras bandeiras que unifica os movimentos sociais, sindicais e estudantis de diferentes tendências, e provoca a simpatia de parlamentares da oposição e situação. “O PNE já deveria ter sido aprovado em 2011. Agora, deputados e senadores têm o dever concluir a tramitação da matéria até março, em tempo recorde, porque depois, com as eleições, acabará ficando para 2013”, explica a presidente da Comissão de Educação da Câmara, deputada Fátima Bezerra (PT-RN).À campanha pelos 10%, soma-se outra, pela destinação de 30% da renda do Pré-Sal para a Educação e para a Ciência e Tecnologia. A proposta já foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado e continua em tramitação na casa. A verdadeira guerra pelos royalties do petróleo, entretanto, tem como foco a partilha das riquezas geradas entre União, estados e municípios produtores e os demais. 
Um substituto do senador Vital Rego (PMDB-PB), desfavorável ao pleito dos estados produtores, foi aprovado pelo Senado, em outubro. Agora, a matéria tramita na Câmara. O presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), criou uma comissão especial para debater o tema, que aguarda o término da indicação de seus membros pelas bancadas para iniciar seus trabalhos.A expectativa em relação à abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o desvio dos recursos das privatizações das empresas públicas brasileiras, durante a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, também promete esquentar o período. 
O deputado Protógenes Queirós (PCdoB-SP) chegou a protocolar o pedido de instauração da CPI da Privataria, com 197 assinaturas válidas, em 22/12, final do ano legislativo passado. Agora, ele aguarda posicionamento da Secretaria Geral da Mesa Diretora sobre a validade do pedido. A decisão é técnica, mas também política. Por isso, durante debate realizado no FST sobre o livro “A Pirataria Tucana”, que embasou o requerimento de instauração da CPI, Protógenes se uniu ao autor da obra, o jornalista Amaury Ribeiro Jr, para pedir apoio popular às investigações. "As pessoas e as empresas que participaram das privatizações continuam operando, roubando dinheiro e usando a estrutura do Estado. Isso tem de acabar", disse o jornalista.
Apesar da ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes, afirmar que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Trabalho Escravo terá prioridade este ano, o presidente da Frente pela Erradicação do Trabalho Escravo, deputado Domingos Dutra (PT-MA), acredita que a matéria só será condições de ser aprovada se contar com um envolvimento direto da presidenta Dilma Roussef. A PEC do Trabalho Escravo propõe o confisco das propriedades, urbanas e rurais, em que forem detectadas práticas análogas à escravidão. “O posicionamento da ministra é importante, mas será necessário a presidenta Dilma colocar todos os seus operadores no Congresso para trabalharem pela aprovação da matéria, que encontra grandes inimigos na própria base aliada do governo”, afirma Dutra. A PEC do Trabalho Escravo tramita no legislativo há 12 anos. Foi aprovada pelo Senado e, desde 2004, está pronta para ser colocada em votação final na Câmara. Mas a falta de consenso entre os líderes das bancadas faz com que permaneça engavetada. 
Para os servidores públicos federais, a grande batalha do ano é tentar impedir que o Congresso aprove o projeto do governo que estabelece a previdência privada para o setor. Já em guerra contra o governo Dilma, que não concedeu reajuste salarial para a categoria em 2011 e não previu recursos para tal no orçamento deste ano, os servidores federais ameaçam até mesmo construir uma greve geral para barrar a reforma previdenciária. A polêmica deve marcar, ainda, a conclusão da tramitação do Novo Código Florestal que, aprovado com alterações pelo Senado, voltou à Câmara para ser novamente apreciado. Entidades da sociedade civil anunciaram no FST a realização, em 6/2, de diversos atos, na capital federal e nos estados, para protestar contra o projeto que, mesmo após sofrer as alterações propostas pelos senadores, ainda não agrada aos ambientalistas. 
A Lei Geral da Copa, já com prazo de tramitação apertado, também estará na pauta da Câmara na abertura dos trabalhos e, na sequência, seguirá para o Senado. A lei desagrada entidades defensoras dos direitos humanos, torcedores, consumidores, idosos e estudantes por alterar a legislação viente no país, desrespeitando conquistas históricas dos movimentos populares brasileiros, como o direito à meia-entrada para estudantes e idosos e a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, além de instituir a venda casada de ingressos com outros serviços.









RELÓGIO DA TERRA

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