Do G1, em São Paulo e em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reúne-se nesta quinta-feira (6), em Brasília, com o colega colombiano Álvaro Uribe para debater, entre outros temas, a negociação entre Colômbia e Estados Unidos para instalação de bases militares norte-americanas em solo colombiano.
A instalação de sete bases para o Exército norte-americano na Colômbia vem gerando tensão entre outros países sul-americanos, sobretudo a Venezuela, que recentemente congelou as relações diplomáticas com o país vizinho.
O tema deve ainda ocupar lugar central nas discussões do próximo encontro do Unasul (União das Nações Sul-Americanas) na próxima segunda-feira (10), em Quito, no Equador, do qual Uribe não participará.
Oficialmente, a viagem de Uribe tem o objetivo de "abordar temas sobre o terrorismo na Colômbia, seus riscos e os assuntos relativos à União das Nações Sul-Americanas (Unasul)".
O Brasil é o sexto destino do presidente colombiano para tratar do assunto. Uribe já manteve encontros com os colegas Alan García (Peru), Evo Morales (Bolívia), na terça-feira (4), além dos presidentes de Chile, Argentina e Paraguai, nesta quarta (5). Do Brasil, deve seguir ainda ao Uruguai.
A previsão do Palácio do Planalto é que a reunião, marcada para as 15h, dure cerca de duas horas. Antes disso, Lula reunirá ministros e auxiliares para fazer uma reunião preparatória e deve discutir os aspectos de segurança e política internacional envolvidas no acordo no país vizinho.
A principal preocupação do Brasil é sobre a autonomia militar que os Estados Unidos terão sobre as bases. Até agora, Colômbia e Estados Unidos afirmaram que as bases serão comandadas pelos militares colombianos.
O governo brasileiro também não vê com bons olhos, segundo o assessor especial da presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, uma maior presença militar de países de fora da região próximos à Amazônia.
Outra crítica feita pelo Brasil é sobre o encaminhamento dessas negociações entre os dois países. O Brasil e outros países da região queriam ter sido informados pelos canais diplomáticos tradicionais da intenção dos colombianos e norte-americanos.
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